A tradição do visco de Natal

A tradição do visco de Natal

O visco é uma planta que cresce em diferentes tipos de árvores, como salgueiros, macieiras e carvalhos. Foi usado pelos druidas (sacerdotes celtas) por 200 anos nas celebrações de inverno. Assim, eles reverenciavam a planta pelo fato de, mesmo não tendo raízes, permanecer verde durante os meses de inverno.

Os antigos celtas acreditavam que o visco tinha poderes mágicos de cura e o usavam como antídoto para veneno, infertilidade e para afastar maus espíritos. A tradição de pendurá-lo na casa vem desse povo, que associava essa planta à boa sorte para o lar e a um sinal de amor e amizade.

O visco também era visto como um símbolo de paz. Por isso, dizem que, entre os romanos, quando inimigos se encontravam embaixo dessa planta, baixavam suas armas e se abraçavam.

Quando os primeiros cristãos chegaram à Europa Ocidental, alguns tentaram proibir o uso do visco como decoração nas igrejas, por causa de algumas histórias antigas sobre ele. Porém, muitos continuaram a usá-lo – e ainda usam até hoje. A Igreja York Minster, no Reino Unido, costumava organizar um culto especial de visco no inverno, onde os malfeitores da cidade de York iam para buscar o perdão.

De onde vem a tradição de beijar debaixo do visco?

O registro mais antigo de um beijo sob o visco é de 1784, acontecendo em um musical inglês. E neste caso, nas ilustrações da primeira versão do livro Um Conto de Natal, publicado em 1843, havia um beijo sob o visco, o que pode ter ajudado a popularizar essa tradição.

No costume original, as pessoas colhiam uma baga do raminho de visco antes de poderem dar um beijo. E, quando todas as bagas tivessem desaparecido, não poderia haver mais beijos.

Há tempos que os casais americanos têm o costume de se beijar quando se encontram embaixo de um visco. Vemos essa situação em cenas românticas de filmes de Natal… Isso se deve, provavelmente, ao fato de que os escandinavos associavam essa planta com Frigga, a deusa do amor. Os que se beijavam sob o visco tinham a promessa de felicidade e sorte no ano seguinte.

Outras histórias dizem que esse beijo é para celebrar com amor a ressurreição de Balder, deus nórdico morto por uma flecha envenenada com visco. No entanto, esse povo acreditava que ele voltaria à vida após uma grande catástrofe mundial.

Adaptação de conteúdo de fontes diversas

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